A H I S T Ó R I A D O B A T O M


A    H I S T Ó R I A    D O    B A T O M

O batom é um cosmético usado para dar cor aos lábios. Com ou sem brilho, realça a boca e é disponível em várias cores e marcas, adequando-se a diversos gostos. O nome vem do francês bâton, literalmente “bastão”, embora o cosmético não seja chamado assim em francês. É um dos hábitos mais antigos do universo da ornamentação feminina.


Desde sempre, na história da humanidade, o batom é considerado como um instrumento de poder, sedução e manipulação


Os sinais mais remotos do uso de algo para colorir os lábios foram encontrados no Antigo Egito. Tratava-se de uma substância natural denominada "púrpura Tyr”, que nada mais era que uma tinta, bastante rara, produzida na cidade fenícia de Tiro, foi particularmente conhecida pela produção dessa raridade, a qual era reservada para a realeza ou nobreza. Usada pelas mulheres das altas classes sociais, a qual realçava a cor dos lábios e dava um aspecto mais saudável aos lábios.


Nessa época as mulheres da antiga Mesopotâmia esmagavam pedras semipreciosas para destacar os lábios e até mesmo passá-las ao redor dos olhos. As mulheres gregas usavam uma raiz vermelha chamada “polderos” misturada com cerato de mel para dar um aspecto mais saudável e úmido aos lábios.

As egípcias criaram um corante vermelho feito a partir de algas marinhas, iodo e bromo.

(Busto da rainha egípcia Nefertiti (c. 1380 - 1345 a.C.)

Há cerca de 5.000 a.C., foram encontrados em túmulos mais antigos como o da rainha Nefertite, vestígios de pigmentos vermelhos, obtidos a partir do óxido de ferro. Nefertite (que significa “a mais bela chegou”) e antecedeu Cleópatra no uso da maquiagem. Ela foi uma rainha da XVIII dinastia do Antigo Egito, esposa principal do faraó Amenhotep IV, mais conhecido como Aklenaton.
No museu de Berlim, na Alemanha, pode-se ver no busto de Nefertiti, a prova que lábios femininos eram já eram pintados pelas mulheres dos faraós mil anos antes da era de Júlio César e recorriam sempre ao tom vermelho, sexualmente apelativo, pois os lábios femininos enrubescem ao estímulo de excitação.

Busto de Cleópatra - Museu de Berlim

Cleópatra (Cleópatra Thea Filopator, nasceu em 69 a.C., ultima rainha da dinastia de Ptolomeu criou um pigmento vermelho vivo, que era constituído por besouros esmagados com ovos de formiga e para o efeito cintilante, utilizava-se escamas de peixe. Esta primeira tentativa de batom rica em ácido trouxe inúmeras doenças infecciosas às mulheres e conseqüentemente aos homens, ficando conhecido na época como “O beijo da morte”


Na Grécia Antiga, durante o século II, há cerca de 2.000 anos, foi criada uma lei que proibia as mulheres usar batom antes do casamento, portanto, somente mulheres casadas podiam colorir os lábios, e para isso utilizavam uma raiz chamada “poldero” misturada à cera de abelha e assim conseguiam deixar os lábios coloridos e úmidos.


A má fama do batom nos séculos seguintes nasceu na Espanha. Por lá, no século VI, apenas mulheres de classe baixa utilizavam a pintura, portanto nem burguesas e nem plebéias. Com o tempo, o uso tornou-se sinônimo de más intenções.
No século 13 (1200 a 1299), um monge italiano da cidade de Piza descobriu o carmim de Cochinella, pigmento vermelho insolúvel em água, que deu novos ares ao batom.


No século XVI então, o batom virou sensação do momento, ganhou mais popularidade na Inglaterra, durante o reinado da rainha Elisabeth I.
Criou-se então um padrão de moda feminina em que a cara era tornada o mais branca possível, com a ajuda de cremes e pó de arroz, contrastando assim com os lábios bem vermelhos. Por essa altura o batom era confeccionado a partir de cera de abelha, óleo de jojoba e derivados de plantas com corantes vermelhos.


No Japão do século XVIII, as gueixas esmagavam pétalas de açafrão para criar batons, pintar as sobrancelhas e delinear os olhos.


Foi no começo do século XX que o batom conquistou seu lugar cativo na lista de objetos indispensáveis da mulherada, época em que o mesmo começou a ser vendido e embalado num tubo e vendido em cartucho na cidade de Paris. Naquele momento, a difusão do uso do batom pelo mundo inteiro era apenas uma questão de tempo.


Em 1921, o batom se tornou popular na França, quando começou a se produzido em seu formato conhecido (bastão) e era comercializado nas lojas de Paris. Ainda em 1921 a revista Vogue publicitava esse “tubinho” como um acessório de elegância que todas as mulheres de classe deveriam possuir.

Marilyn Monroe

O sucesso é tal que em 1930 os estojos de batom dominam o mercado americano, trazendo uma nova fase para o desenvolvimento destas formulações. A morena Marilyn Monroe usava maquilagem clara e pintava lábios vermelhos intensos, atraindo e intensificando sua feminilidade.


Na segunda metade dos anos 70, com as discotecas no seu auge, tons como o roxo e o preto chegaram aos batons, assim como o gloss que se usava em cima dos lábios pintados ou diretamente. A forma preferida eram lábios com muita espessura, todavia com os contornos claramente visíveis.
Nos anos 80, aumentou a variedade de cores, usava-se o rosa, o castanho e o vermelho um pouco azulado. Na altura em que a expressão career woman começou a fixar-se, o vermelho tornou-se moda pela sua forte impressão ao mesmo tempo que os batons em tons de pérola eram muito elogiados.


Em 1985, foi lançado o Boka loca, junto com a  novela Tititi. 


Quem passou pelos anos 80 deve lembrar deste batom de moranguinho da Avon.  Todas as amigas da minha mãe tinha um desse na bolsa.


Diversidade é a palavra para descrever a década dos 90. Os ciclos tornaram-se mais curtos, tal como o batom vermelho-escuro e, entre outras, as cores de fundo bege para dar um acabamento natural. Depois de entrarmos no século XXI, tudo passou ser possível.


De 2000 aos tempos atuais Fragmentos de todas as décadas passadas se misturam e contam um pouco da história da beleza feminina através dos tempos. Com a chegada do novo milênio, os diversos aspectos adotados pela beleza nos serviram de espelho.


Enfim, não é de hoje que mulheres usam produtos para deixar os lábios mais belos e protegidos. E o melhor de tudo é que hoje qualquer mulher, riquíssima ou mais humilde, casada ou solteira pode usar e abusar de todas as cores e benefícios dos diversos batons, formatos, cores e propostas oferecidas nos tempos atuais. Tendo somente bom senso:

(Pesquisa feita no Google, Wikipédia e Blogs relacionado ao assunto. )



É isso ai meninas espero que tenham gostado até a próxima.

Beijos






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